Cada criança é um dom, afirma Papa no Dia da Síndrome de Down


21/03/2021 - 12:45
Em mensagem, Francisco reforçou que as crianças precisam ser acolhidas, amadas e cuidadas sempre

O Dia Mundial das pessoas com Síndrome de Down foi lembrado pelo Papa Francisco em sua conta no twitter. “Toda criança que se anuncia no ventre de uma mulher precisa ser amada e cuidada”, escreveu o Santo Padre.

A data foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU. Ela tem como objetivo difundir uma maior consciência e conhecimento da Síndrome de Down. A escolha do dia 21 não é casual. O número 21 lembra a presença de um cromossomo a mais. A síndrome é também chamada trissomia 21. 

Conectar

O tema escolhido para este ano é “Conectar”. O objetivo é conectar a comunidade mundial com as pessoas com Síndrome de Down. Isso, de formas inovadoras para continuar a apoiar a igualdade de direitos e oportunidades.

Direito a trabalhar 

CoorDown, a Coordenação Nacional das Associações de Pessoas com Síndrome de Down, por ocasião do Dia Mundial, lançou a campanha de conscientização internacional “The hiring chain” (A Cadeia de Contratação).

A finalidade é afirmar que a inclusão no emprego não é apenas um direito a ser garantido, mas que traz benefícios no contexto do trabalho e à sociedade como um todo.

O objetivo é garantir que essas pessoas possam ter oportunidades iguais de trabalho, conseguindo assim crescer tanto profissionalmente quanto pessoalmente.

Cultura de descarte cada vez mais forte

A grave situação sanitária da pandemia também levou, nos últimos meses, a um agravamento da mentalidade em relação àqueles que nascem com um cromossomo a mais.

Na verdade, em muitos países, uma tendência chamada Down Syndrome Free está se desenvolvendo cada vez mais. Em países como a Dinamarca e a Islândia, 98% das mulheres grávidas diagnosticadas com síndrome de Down optam por abortar seus bebês. E estes nem sempre são diagnósticos corretos.

O Papa Francisco condenou repetidamente esta cultura do descarte que rejeita os seres humanos mais fracos e frágeis. “Por isso – explicou o Pontífice em sua Mensagem no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência em dezembro passado – certas partes da humanidade parecem sacrificáveis em benefício de uma seleção que favorece um setor humano digno de viver sem limites. Afinal, as pessoas não são mais sentidas como um valor primordial a ser respeitado e protegido, especialmente se são pobres ou deficientes”.

Proximidade da Igreja

Vittorio Scelzo, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, explica que o Papa sempre demonstrou grande atenção aos mais frágeis. As audiências gerais, as visitas às paróquias, viagens, estão cheias de encontros de Francisco com pessoas com Síndrome de Down.

“Olhando para eles, percebe-se que são muitos para serem acidentais. Evidentemente, há uma grande atenção por trás desses encontros. E muitas vezes são imagens em que se capta a felicidade de ambos, do Papa e dessas pessoas que ele encontra. É como se fosse um magistério muito particular, feito, porém, acima de tudo, de gestos, de sorrisos e de abraços, é uma atenção que o Papa sempre tem”.

Durante a visita ao Iraque, por exemplo, Scelzo afirma que o Pontífice conheceu algumas pessoas com Síndrome de Down. “E certamente não se limita ao dia de hoje, o que também é muito importante, mas esta atenção do Papa nos convida a um compromisso pastoral renovado, em direção a uma inclusão cada vez maior das pessoas com deficiência”.



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